A27 - Leptospirose
Agente infeccioso: Leptospira interrogans
Descrição clínica: clínica e gravidade muito variável: febre, cefaleias, vómitos, mialgias, por vezes meningite, comprometimento hepático e renal, anemia e manifestações hemorrágicas
Frequência notificada em Portugal: taxa de incidência mediana em 1992-96 (/105) = 0,38. Taxa de incidência em 2004 (/105) = 0,54
Período de incubação: 4-19 dias
Reservatório: ratos (o reservatório mais importante), vacas, porcos, cavalos, cães, etc.
Via de transmissão: contacto muco-cutâneo directo com a urina ou água contaminada com urina destes animais; raramente pela ingestão de alimentos contaminados com urina dos ratos
Período de transmissão:
Diversos animais, nomeadamente os ratos, são portadores assintomáticos durante anos
Depois de excretadas pela urina dos animais, as leptospiras podem sobreviver no meio ambiente durante semanas
Controlo do doente ou portador:
Antibioterapia é útil apenas se for iniciada nos primeiros 4 dias de doença: penicilina, tetraciclina e estreptomicina
Terapêutica de manutenção (hidroelectrolítica, etc.)
Controlo dos contactos:
Desratização
Medidas de protecção individual em trabalhadores expostos a águas potencialmente contaminadas: uso de botas e luvas, etc.
Higiene veterinária relativamente ao gado: segregação animais/homem, precauções em relação à urina dos animais, etc.
Nota: A taxa de incidência foi calculada segundo os dados da Direcção Geral de Saúde e as estimativas populacionais do Instituto Nacional de Estatística
© António Paula Brito de Pina, 1998 (2005)