A20 – Peste
Agente infeccioso: Yersinia pestis
Descrição clínica:
Geralmente linfadenite nos gânglios de drenagem da área da picada da pulga (peste bubónica)
Por vezes evolui para a disseminação sistémica (peste septicémica) e/ou pulmonar (peste pulmonar)
Frequência notificada em Portugal: taxa de incidência mediana em 1992-96 (/105) = 0,00. Taxa de incidência em 2004 (/105) = 0,00
Período de incubação: 2-6 dias
Reservatório: ratos e outros roedores
Via de transmissão: picada de pulga do roedor infectado ou, com menos frequência, a via aérea, de homem-a-homem, no caso da peste pneumónica (gravíssimo)
Período de transmissão:
Enquanto existirem pulgas infectantes (poderão permanecer neste estado durante meses)
No caso da peste pneumónica, o doente transmite até ao 2º dia de antibioterapia eficaz
Controlo do doente ou portador:
Eliminação das pulgas do doente e habitação e, só posteriormente proceder a medidas de desratização
Isolamento hospitalar rigoroso relativamente à transmissão aérea, no caso da peste pneumónica
Antibioterapia: estreptomicina, tetraciclinas, cloranfenicol
Controlo dos contactos:
Eliminação das pulgas do contacto e habitação e, só posteriormente proceder a medidas de desratização
No caso de contactos (incluindo pessoal de saúde) de doentes com peste pneumónica: quimioprofilaxia (tetraciclina oral, 15mg/Kg até um máximo de 250mg diários, em 4 tomas, durante 7 dias)
Nota: A taxa de incidência foi calculada segundo os dados da Direcção Geral de Saúde e as estimativas populacionais do Instituto Nacional de Estatística
© António Paula Brito de Pina, 1998 (2005)