A55 – Linfogranuloma Venéreo

Agente infeccioso: Clamydia trachomatis dos serotipos L-1, L-2, e L-3

Descrição clínica: pápula indolor nos orgãos genitais, acompanhada de febre e adenopatias inguinais volumosas, que supuram e evoluem para a cronicidade

Diagnóstico laboratorial:

Cultura de aspirado do bubão, uretra, cervix, recto

Teste de fixação do complemento é sugestivo quando superior a 1/64, sendo também útil no follow-up para confirmar a cura

Frequência notificada em Portugal: taxa de incidência mediana em 1992-96 (/105) = 0,03.  Não é DDO (desde 1999)

Período de incubação: 3-30 dias

Reservatório: homem doente ou portador (especialmente as mulheres)

Via de transmissão: sexual

Período de transmissão: desde o início das lesões até à sua cicatrização (meses ou anos)

Controlo do doente ou portador:

VDRL para diagnóstico diferencial com a sífilis (com a qual frequentemente ou se confunde ou é concomitante)

Abstinência sexual até à cura das lesões

Antibioterapia, no caso de infecção não complicada:

Tetraciclina oral, 500mg x 4 tomas/dia, durante 7 dias

Doxiciclina oral, 100mg x 2 tomas /dia durante 7 dias

Eritromicina 500mg x 4 tomas /dia durante 7 dias;

Azitromicina 1 toma única de 1gr

Controlo dos contactos: rastreio dos contactos sexuais nos 20 dias anteriores ao início da doença (através do teste de fixação do complemento) e seu tratamento profilático (doxiciclina oral, 200mg/dia em 2 tomas, durante 21 dias)

Nota: A taxa de incidência foi calculada segundo os dados da Direcção Geral de Saúde e as estimativas populacionais do Instituto Nacional de Estatística

© António Paula Brito de Pina, 1998