A77.1 - Febre Escaronodular

(riquetsiose)

Agente infeccioso: Rickettsia conorii

Descrição clínica: úlcera comprovativa de picada de carraça, febre e, ao 3º-4º dia, exantema que não poupa a palma das mãos e a planta dos pés

Frequência notificada em Portugal: taxa de incidência mediana em 1992-96 (/105) = 7,70.  Taxa de incidência em 2004 (/105) = 4,41

Período de incubação: 5-7 dias

Reservatório: cães e roedores

Via de transmissão: picada de carraça previamente infectada pelo cão ou roedor

Período de transmissão:

O reservatório animal transmite à carraça enquanto estiver doente

A carraça transmite toda a vida (mais de 18 meses, por vezes anos) após a infecção

Controlo do doente ou portador:

Eliminação de carraças do corpo

Antibioterapia: tetraciclinas

Controlo dos contactos:

Evitar locais com muita vegetação e sombra

Eliminação das carraças na habitação e nos animais

Quando é inevitável o contacto com o ambiente ou com animais infestados de carraças, deve-se:

Fazer a pesquisa e remoção periódica de carraças do corpo (de 4 em 4h)

Vestir roupas claras que cubram todo o corpo (especialmente as pernas e braços)

Colocar as calças sob as peúgas

Com os devidos cuidados, aplicar repelentes de carraça na pele (dietilmetatoluamida), calças e mangas (permetrina a 0,5%)

Nota: A taxa de incidência foi calculada segundo os dados da Direcção Geral de Saúde e as estimativas populacionais do Instituto Nacional de Estatística

© António Paula Brito de Pina, 1998 (2005)